quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Primeiro foi o púlpito da Assembléia de Deus. Depois o "banho de axé". Agora, Dilma participa de procissão do Círio de Nazaré


Terça-Feira, 13 de Outubro de 2009 13:05

Depois que deixaram ela pregar no púlpito da Assembléia de Deus dizendo que Lula “defende os valores cristãos no Brasil”, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, já foi à Bahia tomar um “banho de axé” com pais-de-santo e neste domingo aproveitou a procissão do Círio de Nazaré, que reuniu dois milhões de pessoas, em Belém (PA), para fazer propaganda do governo Lula. Foi a primeira vez que Dilma esteve no evento religioso. Ela disse ter ficado impressionada com o fato de muita gente carregar miniaturas de casas e até tijolos durante a caminhada em torno da Virgem de Nazaré. “Perguntei a duas pessoas que carregavam as miniaturas se era por agradecimento ou pedido”, disse, em entrevista à imprensa. “Uma respondeu que era por agradecimento. Outra, por promessa para conseguir uma casa.”
“O governo está no caminho certo”, avaliou a pré-candidata à presidência da República, ao observar que a manifestação popular também denota os anseios do povo. “Fico muito satisfeita com o fato de termos feito o programa Minha Casa, Minha Vida, porque é visível aqui a importância que as pessoas atribuem à casa, como o local fundamental para qualquer pessoa ter segurança, criar seus filhos, desenvolver suas relações afetivas, enfim, ter um teto para desfrutar todos os momentos da vida – os bons e os ruins.”
Protesto – No palanque do governo estadual, montado em um órgão público no percurso da procissão, a ministra também viu, além da fé e da devoção pela Virgem de Nazaré, um protesto realizado por paraenses que, em coro, cobraram da governadora Ana Julia Carepa (PT) “saúde”, “segurança” e também endereçou à governante a expressão chula “safada”. Em seguida, o mesmo grupo gritou: “Dilma pode esperar, a sua hora vai chegar”.
Descalços, eles disputam lugar e recebem água e atendimento – muitos desmaiam – de voluntários, Exército, polícias civil e militar e Cruz Vermelha. Os “promesseiros da corda”, como são chamados, são responsáveis por cenas impressionantes de superação e martírio.
A ministra disse ter ficado estarrecida, em alguns momentos, com a “manifestação muito forte que mistura a força da fé com a força das multidões”.
“Acho que tem que ter muito orgulho dessa festa, que permite que o Círio também seja uma boa imagem do Brasil”, resumiu a ministra. “Um país de paz, que tem essa imensa capacidade de comemorar no sentido amplo da palavra.” Lembrou que o País tem uma situação especial em relação à santa católica – “é Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Consolação, Nossa Senhora das Águas”.
Diante de tanta fé e atividades religiosas, a ministra disse “não ter como encerrar, no Brasil” a peregrinação que vem fazendo – de encontros com evangélicos a missa de ação de graças na Igreja Senhor do Bonfim, em Salvador (BA). Sorridente, disse ter feito vários pedidos à Nossa Senhora de Nazaré, mas não revelou. “São segredos da fonte”.
“Cautela e caldo e galinha não faz mal para ninguém.” Com a expressão, a ministra negou-se a comentar a denúncia de que o filho do senador José Sarney, Fernando Sarney, teria ingerência na agenda do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. “No Brasil temos o hábito de pegar uma denúncia qualquer e sair condenando”, observou, ao dizer que não tinha tido tempo para se informar das notícias. “Acho que tem que se ouvir as partes, as explicações, antes de sair condenando.”

Fonte: overbo.com.br

domingo, 1 de novembro de 2009

O CRISTÃO E AS ENFERMIDADES

É verdade que Jesus “tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si” (Isaías 53.4; Mateus 8.16-17). É verdade que Ele priorizou em seu ministério a cura de todos os tipos de doenças, pois veio para “pôr em liberdade os cativos” (Lucas 4.18); que enviou seus discípulos “a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir”, para “curar os enfermos que nela houver” (Lucas 10.1,9). Também é fato que a sua Igreja, em nome dEle, tem dado prosseguimento a esse ministério de cura (Marcos 16.17-18).

Todavia, sabemos que nem todos os cristãos são curados. Muitos são curados tão logo aceitam o senhorio de Jesus, porém muitos continuam com suas enfermidades: o cego continua cego; o mudo continua mudo; o surdo continua surdo; o paralítico continua paralítico. Muitos são imediatamente curados após receberem a imposição de mãos e a oração feita em nome de Jesus, conforme diz a Palavra, porém nem todos são curados. Isso é uma verdade. E a verdade precisa ser dita em sua totalidade, ainda que no seu bojo haja alguma coisa que contrarie a vontade do homem. Se a oração eficaz de um justo e a imposição de mãos curassem todos os enfermos, automaticamente, os hospitais ficariam vazios. Não precisariam que os doentes se deslocassem até a Igreja mais próxima. Os ministros do evangelho iriam ao encontro deles nos hospitais.

Uma das provas de que há muitos cristãos enfermos é o grande número dos que vão às igrejas para serem curados. Todos os dias pastores, bispos e crentes outros oram por irmãos acometidos de diversas doenças. Homens e mulheres, verdadeiros servos do Senhor, adoecem e morrem. Qualquer cristão pode comprovar isso no meio de sua família, ou até mesmo na sua Igreja. Às vezes é o próprio pastor que é vitimado por algum tipo de enfermidade. Ou então podemos visitar os grandes hospitais e verificar o número de cristãos recebendo tratamento. Vejamos os exemplos de alguns “heróis da fé”.

Jônatas Edwards (1703-1758). Costumava passar treze horas, todos os dias, estudando e orando. Foi o instrumento usado por Deus para o surgimento de um dos maiores avivamentos na Nova Inglaterra, em 1740, por obra do Espírito Santo. Esse herói da fé contraiu varíola e morreu aos 55 anos.

Davi Brainerd (1718-1747), homem de Deus, escreveu em seu diário: “Passei duas horas agonizando pelas almas imortais. Apesar de ser ainda muito cedo, meu corpo estava molhado de suor... Se eu tivesse mil vidas, a minha alma a teria dado pelo gozo de estar com Cristo...” Brainerd faleceu de tuberculose aos 29 anos, após sofrer inumeráveis aflições e dores incessantes no corpo.

Henrique Martyn (1781-1812). Padeceu por muito tempo de febre intermitente, resultado da “peste branca que ardia no seu peito”. Faleceu aos 31 anos.

E os exemplos da Bíblia? Timóteo, discípulo do apóstolo Paulo, sofria de “freqüentes enfermidades” (1 Tm 5.23). Epafrodito, irmão e cooperador do apóstolo, quase morreu em decorrência de uma doença (Fp 2.27). Um dos maiores atestados de que crente adoece está no livro de Tiago, uma epístola para encorajar os crentes judeus que enfrentavam várias provações. E ele recomenda que os crentes enfermos deverão solicitar ajuda “presbíteros da Igreja”, “e orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o [irmão] doente” (Tiago 5.14-15). É o que se faz todos os dias.

Mas, se Jesus já levou nossas enfermidades, como podemos explicar? Por que adoecemos se já somos filhos de Deus e a Palavra diz que Ele levou sobre Si nossas dores? A questão esbarra na soberana vontade Deus. Ele cura quem quer, quando quer, onde e como quer. A cura pode ser imediata ou dentro de determinado período. Ou poderá nunca ocorrer. E em tudo devemos nos alegrar sempre e dar graças a Deus (1 Ts 5.16,18). Afinal de contas, Ele é o nosso Senhor, o autor da vida e da morte: “Eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro” (Dt 32.39).

Que devemos fazer? Esperar e confiar no Senhor. Ele sabe se devemos continuar por mais algum tempo aqui na terra, ou se devemos seguir logo para o céu. Ele poderá atender aos nossos pedidos. A oração move o coração de Deus (Sl 37.3-5).

DOENÇA OU MALDIÇÃO?

Um outro aspecto incorreto desse ensino é confundir as doenças transmitidas por herança genética com maldições hereditárias espirituais. Isto pode ser observado nas declarações de Marilyn Híckey:

Será que você já observou uma família na qual todos os membros usam óculos? Desde o pai e a mãe até a criança menor, todos es­tão usando óculos, e geralmente os do tipo de lentes grossas. Es­sas pobres criaturas estão debaixo de uma maldição, e precisam ser libertas.

Não se pode construir uma doutrina em cima de uma observação, experiência ou somente porque uma família toda usa óculos! Existem muitas famílias em que apenas um ou outro membro usa óculos. O que aconteceu? Por que só alguns herdam a maldição e outros não? E se as doenças são maldições transmitidas de pais para filhos através dos genes (geneticamente), por que os pregadores dessa doutrina não quebram, por exemplo, a maldição da calvície, transmitida geneticamente? Até hoje não há notícia de que alguém tenha feito isso.

O Senhor Jesus nunca ensinou tal doutrina. Quando perguntado sobre o cego de nascença: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”, ele respondeu: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9:2-3). Alguns usam este texto para afirmar que os discípulos acreditavam na maldição de família, procurando dar assim legitimidade a tal ensino. É preciso lembrar que os discípulos nem sempre estiveram certos no período de treinamento que passaram juntos a Jesus. Certa vez, em alto-mar, quando Cristo se aproximava, eles pensa­ram ser ele um fantasma (Mt 14:26). Felizmente, os discípulos estavam errados em suas conclusões, pois eram humanos, sujeitos a erros. É óbvio que não erraram quando falaram e escreveram inspirados pelo Espírito Santo. Quanto ao cego de nascença, Jesus destruiu qualquer superstição ou crença que os discípulos pudessem ter de que a cegueira fora provocada pelos pecados de seus antepassados, e o próprio Jesus nunca ensinou tal doutrina.

Tal ensino não encontrou espaço também nos escritos do apóstolo Paulo. Ao contrário, quando escreveu aos coríntios pela segunda vez, declarou com muita certeza: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5:17). Aos efésios, ele afirma: “Bendito o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3). Onde existe espaço para maldições na vida de um cristão diante de uma declaração como esta?

Paulo não se deixou prender ao passado. Quando escreveu aos crentes de Filipos, declarou: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:13, 14).

É importante observar a sugestão do apóstolo Paulo a Timóteo, quando lhe escreveu a primeira carta: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1 Tm 5:23). Paulo nunca insinuou que a enfermidade de Timóteo fosse uma maldição de seus antepassados, pois sabia que Timóteo vivia numa natureza afetada pela desobediência dos primeiros país (Adão e Eva). Apesar de o Reino de Deus estar entre nós, ele ainda não chegou à sua plenitude, pois até a criação geme, aguardando ser redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8: 19-23). Paulo apenas sugeriu que Timóteo tomasse um pouco de vinho como um remédio para suas freqüentes enfermidades estomacais e não que fizesse a quebra das maldições hereditárias.

A CONVERSÃO É A SOLUÇÃO

Ensinar que um cristão tem que romper com maldições ou pactos dos antepassados pedindo perdão por eles é minimizar o poder de Deus na conversão. Isso está mais para o espiritismo ou mormonismo (com sua doutrina antibíblíca do batismo pelos mortos) do que para o cristianismo. A Bíblia de­clara com muita ousadia: “Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25). O advérbio “totalmente” (panteles, no grego) tem o sentido de pleno, completo e para sempre. Jesus não salva em prestações, mas de uma vez por todas.

Marilyn Híckey chega a afirmar que: “Você pode decidir quanto ao destino exato da sua linhagem. Eles ou vão para Jesus, ou vão para o diabo”. Nada poderia estar mais longe da verdade. Quantos filhos há que hoje vivem uma vida cristã exemplar, são cheios do Espírito Santo, enquanto seus pais permanecem alheios ao Evangelho, rejeitando constante­mente a palavra de salvação e até tentando dificultar-lhes a vida espiritual! Comigo também foi assim. Ai de mim se fosse esperar meu pai decidir sobre o meu futuro espiritual. Não sei onde estaria hoje.

É claro que os pais têm grande influência na formação espiritual dos filhos, mas o milagre da salvação é obra de Deus, e é pela graça que somos salvos (Ef 2:8, 9). É o Espírito Santo, o Consolador, quem convence o coração do pecado, da justiça e do juízo, como o próprio Senhor Jesus disse (Jo 16:7, 8). Paulo relatou aos gálatas que foi Deus quem lhe revelou seu Filho (Gl 1:15, 16). Assim, a salvação é uma revelação de Jesus Cristo em nossos corações, e não algo decidido somente pelos pais.

Observe o que aconteceu com os filhos de Samuel, um profeta de Deus e um homem íntegro, como pode ser observado em 1 Samuel 3:19 e 12:3. Apesar da integridade do pai, a Bíblia diz que seus filhos não andaram pelos caminhos dele:

“antes se inclinaram à avareza, e aceitaram subornos e per­verteram o direito” (1 Sm 8:3).

Veja os reis de Israel e Judá. A narrativa do Antigo Testamento revela que muitos deles foram ímpios e tiveram fi­lhos piedosos, enquanto outros foram piedosos e tiveram fi­lhos ímpios. Eis alguns exemplos: Abias foi mau (1 Rs 15:3), mas seu filho Asa “fez o que era reto perante o SENHOR” (1 Rs 15:11). Jotão “fez o que era reto perante o SENHOR” (2 Rs.15:34), porém Acaz, seu filho, “não fez o que era reto perante o SENHOR” (2 Rs 16:2). Jeosafá agradou a Deus (2 Cr 17:1-4), enquanto Jeorão, seu filho, “fez o que era mau perante o SENHOR” (2 Cr 2 1:6). Assim, a seqüência de bondade ou maldade que deveria suceder na linhagem dos reis de Israel e Judá, de acordo com o que ensinam os pregadores da maldição de família simplesmente não aconteceu. A esses exemplos certamente não se poderia aplicar o provérbio: “Tal pai… tal filho”.

Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo escreveu aos irmãos de Corinto, na sua primeira carta, uma palavra tremendamente elucidativa quanto a esta questão: “Ou não sabeis que os in­justos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Co 6:9-11; leia também Gl.5:17-21).

Pode-se notar que Paulo não afirmou no versículo onze:


“Mas haveis quebrado as maldições hereditárias, mas haveis pedido perdão pelos pecados dos antepassados” ou algo similar. Não, de modo algum, este não é o seu pensamento. Paulo afirma que aqueles que estiveram presos nos pecados ha­viam sido lavados, haviam sido santificados e justificados, sem qualquer necessidade de quebrar maldições dos antepassados.

Cabem aqui algumas perguntas: Qual é a maior das maldições? Sem dúvida é estar fora de Cristo. Qual a maior das bênçãos? Certamente é o estar em Cristo. Como se elimina a maior das maldições? Introduzindo a maior das bênçãos.

Os pregadores da maldição hereditária não deveriam pedir perdão pelos pecados da décima, nona, oitava ou de qualquer outra geração, mas deveriam, sim, pedir perdão pelos pecados de Adão e Eva, pois se houve brecha, foi ali, na queda do jardim do Éden, onde as maldições tiveram início. Ali está a raiz do problema. Isso, sim, seria um trabalho per­feito e completo. O leitor já imaginou se funcionasse? De repente, ninguém mais precisaria trabalhar para ganhar o pão, a mulher não sofreria mais ao dar à luz e os espinhos desapareceriam da Terra. É claro que não funciona, pois tal ensino não tem base na Palavra de Deus.